Vergílio Ferreira: Pensar


(...) E que é que te há de encantamento no banal de uma janela iluminada? Não o sabes, porque não é do que se pode saber. Há a transfiguração do esplendor, a energia da própria luz, a levitação do que ela ilumina, a transmutação da matéria para o mistério do seu interior, a plausibilidade da sua transcendência. O fulgor de nós próprios na sua contemplação, a nossa divinização. A luz. De que mais precisas para ser verdade que existes?

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