Hugo von Hofmannsthal: Cavaleiro da Rosa


O tempo é uma coisa estranha.
Enquanto a gente se deixa nele viver, ele não significa absolutamente nada.
Mas de repente, não nos apercebemos de outra coisa senão dele.
Ele está sempre à nossa volta. E está também dentro de nós.
Ele corre sobre as nossas faces,
ele corre
sobre o espelho,
ele flui sobre as minhas têmporas.
E entre mim e ti,
volta a fluir, em silêncio,
como uma ampulheta. (…)
Por vezes, levanto-me a meio da noite
e faço parar todos, todos os
relógios.

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