Sophia de Mello Breyner Andresen: Obra Poética


Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que novo dia nasça.

Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás - mas quando?
Pode ser que o primeiro tempo gaste
A frágil substância do meu sono.

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