Hermann Hesse: Hans


Quando o amigo declamava os seus versos, discorria acerca dos seus ideais poéticos, lia em voz alta os monólogos de Schiller ou representava apaixonadamente os de Shakespeare com grandes gestos, era para Hans como se este pudesse pairar pelos céus graças a um dom mágico que a si lhe faltava, como se se movimentasse numa espécie de liberdade divina ou paixão ardente, como se escapasse ao alcance de tudo e todos munido de sandálias aladas como um mensageiro dos deuses saído das páginas de Homero.

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